sexta-feira, abril 13, 2007

de bicharel

A confirmar-se que afinal Sócrates não beneficiou de nenhum favorzinho da Independente, confirmam-se igualmente as nossas piores suspeitas: Sócrates é de facto um grande tótó! Não fez o que qualquer um no seu lugar teria feito. E não é encorajador termos um primeiro ministro assim. Sinceramente, depois de um canudo de encomenda (que feito!!) já o imaginava com sageza e jogo de cintura suficientes para ocupar altos cargos internacionais, por exemplo, ser pessoa capaz de convencer o Ahminejad do Irão a trocar as centrais nucleares por doutoramentos Honoris Causa da UNI. Até eu beneficiei dos favores daquela universidade aquando da minha breve passagem por lá. Lembro-me que para a inscrição era necessário um atestado do 12º ano. Era exigido, para ser mais exacto. Confrontado com essa inconveniência desagradável, não que não tivesse completado o secundário mas porque tal me obrigaria a deslocar à caótica secretaria da minha antiga escola, disse “mas veja lá… veja lá…” Argumentos convincentes que fizeram com que eu, um estudante anónimo, um gajo qualquer, se inscrevesse numa universidade sem atestado de habilitações. Um feito nada comparável à obtenção de uma licenciatura de aviário, eu sei, mas eu não sou político. Sócrates era político e não teve competência suficiente para aproveitar as benesses, não teve a lucidez para usufruir do compadrio que naturalmente grassa entre uma classe que também mina as universidades. Ao que parece, tudo não passou de uma sucessão infeliz e altamente improvável de um emaranhado de mal entendidos encadeados uns nos outros mas que, vá-se lá imaginar como ou porquê, aconteceram. Sócrates é de facto engenheiro. Mas tótó. Já não escapa de bocas do género “só tinha bicharelato” e só pode ser alguém que não é dotado da esperteza suficiente para governar um país como Portugal.

1 comentário:

nelio disse...

muito bom! de mestre! realmente só um totó é que pode ter como objectivo ser primeiro ministro de portugal!